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Setor produtivo faz contas e pede apoio Reconstrói Rio Grande do Sul Valor Econ?mico.txt
Ernani Polo,óiRioGrandedoSulValorEcon?jogos que ganha dinheiro de verdade nubank secretário de Desenvolvimento Econ?mico: “Há tempos diferentes para cada um, mas a ideia é fazer que a retomada aconte?a de forma ampla e rápida” — Foto: Joel Vargas/GVG Contas foram feitas por governos, empresas, famílias s?o atualizadas a cada novo levantamento de prejuízos, sempre que há anúncios de apoios ou volta a chover. Poucos se arriscam a falar em velocidade de reconstru??o da economia gaúcha. “N?o estamos só preocupados com o produtor, mas com a sociedade”, diz Antonio da Luz, economista-chefe da Federa??o da Agricultura do Estado (Farsul). “Temos percebido que os desafios s?o enormes e se somam a outros que já existiam”, afirma Giovani Baggio, economista-chefe da Federa??o das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs). “Todos foram atingidos, em todos os setores e tamanhos, e é difícil cravar prazos”, diz Ernani Polo, secretário de Estado de Desenvolvimento Econ?mico. window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({ mode: 'organic-thumbs-feed-01-stream', container: 'taboola-mid-article-saiba-mais', placement: 'Mid Article Saiba Mais', target_type: 'mix' }); Relatório do Bradesco de maio mostrou que as enchentes ter?o consequências econ?micas com implica??es nacionais. Para o PIB do Estado, o banco projeta perda de até 4 pontos percentuais em rela??o ao previsto anteriormente, praticamente zerando o crescimento em rela??o a 2023. Para o PIB brasileiro, o documento mostra impacto de 0,2 a 0,3 ponto percentual. Na retomada, o banco cita que a constru??o civil, a indústria e o comércio podem ter impacto positivo nos meses subsequentes, em raz?o do esfor?o de reconstru??o e da retomada da demanda. Luz, da Farsul, prefere n?o falar em números, mas em quatro eixos de reconstru??o (pessoas, emprego, governo federal e infraestrutura), que poder?o definir crescimento em V ou em U. “Por maior que seja a solidariedade, a ajuda é um complemento. As pessoas encontraram lama na casa, nas fotos, nos documentos e, para se recuperarem, precisam de cuidado psicológico e econ?mico”, diz, lembrando que para haver emprego (e salário), é preciso manter empresas. “As pessoas precisar?o comprar geladeira, fog?o, móveis, o que o dinheiro pode pagar, porque as lembran?as que perderam n?o têm pre?o”. Do governo federal, ele espera recursos para manter o Estado funcionando em áreas como seguran?a, saúde e educa??o. Leia mais: Maior preocupa??o na cria??o do gado é na perda de pastagemInunda??o agrava crise leiteiraícone gaúcho perdeu tudo e loja inaugurada em mar?o deve fecharChuvas afetam colheita de gr?os no Estado, líder nacional em arrozágua cobre plantio de frutas e hortali?asProdutor de tabaco perde R$ 95 milh?esEmpresas atuam para manter empregos e dar assistênciaPequenos buscam recursos e estratégias para recome?o O que os brasileiros mais viram foram imagens de áreas urbanas alagadas, mas as perdas no campo est?o estimada pela Farsul em R$ 3 bilh?es, sem contar prejuízos em prédios, máquinas e benfeitorias, cujo número final vai depender de seguros e análise de estruturas. “O agro teve perdas importantes, mas n?o dá para comparar com outras áreas, as urbanas foram maiores. Quanto se perdeu, n?o sabemos”, afirma. Na opini?o dele, a recupera??o está acontecendo, mas o segundo e o terceiro trimestre ser?o difíceis, e no quarto trimestre poderá ser vista alguma rea??o. Para Luz, se os cuidados forem tomados e as demandas atendidas, o crescimento será em V e em um ano o Estado pode retomar as atividades. “é realista, acho que dá para fazer.” Pesquisa da Fiergs com 220 empresas mostrou que 81% foram afetadas pelas águas e, destas, 63% sofreram com paralisa??o de atividades. Das que responderam, 31,3% informaram prejuízos em estoques de matérias-primas, 19,6% em máquinas e equipamentos, 19,6% nos estabelecimentos físicos e 15,6% em estoques de produtos finais. Quase dois ter?os permanecer?o no mesmo endere?o, enquanto 5% ficar?o no mesmo município, mas em outro local. A pesquisa traz dados preocupantes, comenta Baggio; 20,1% das empresas ainda n?o decidiram o que far?o. Além disso, 6,7% pretendem fechar e 2,2% v?o investir fora do Estado. “Hoje os problemas logísticos s?o os piores e afetam a todos. Mesmo os trechos liberados est?o em piores condi??es e as rotas est?o mais longas, o que acarreta custos”, diz. O economista avalia que problemas de competitividade que já existiam se agravaram, como distancia de grandes centros consumidores, alta carga tributária, envelhecimento da popula??o e quest?es estruturais. A pesquisa revelou que 52% das indústrias n?o tinham seguro contra perdas e danos decorrentes de enchentes. Entre as micro, pequenas e médias, 63,4% estavam sem cobertura. A Fiergs apresentou 70 propostas de medidas consideradas urgentes e tem defendido a??es de manuten??o dos empregos, como os adotados na pandemia, e de incentivos para empresas, como posterga??o ou anistia do pagamento de tributos, crédito subsidiado e medidas específicas para prevenir novas enchentes. “Como voltar a trabalhar? Mais de 580 mil pessoas foram desalojadas, é difícil de contornar tudo isso”, afirma Baggio. Ele diz que a constru??o civil vai ser uma das primeiras a reagir, assim como as indústrias moveleira e de eletrodomésticos. Mas n?o s?o os principais geradores de emprego e renda. As cadeias de alimentos, metalmecanica e de químicos respondem por cerca da metade do faturamento da indústria gaúcha. “O essencial é que as empresas se sintam seguras para permanecer aqui e voltar a investir e produzir”, afirma. Ele acredita mais em recupera??o em U, devido ao volume de empresas afetadas. O governo gaúcho criou um gabinete de apoio e trabalha em várias frentes no Plano Rio Grande, em conjunto com a Uni?o, bancos, setor produtivo e institui??es de apoio. “Acreditamos na capacidade empreendedora do povo gaúcho e no trabalho que vem sendo feito”, diz o secretário Polo. Ele cita que a constru??o civil e a pesada ter?o demanda nos próximos meses, assim como outros setores da economia. “Há tempos diferentes para cada um, mas a ideia é fazer que a retomada aconte?a de forma ampla e rápida.” Uma das urgências, aponta, é a retomada de voos no aeroporto de Porto Alegre, para atender o turismo. O Estado também planeja estimular os segmentos de tecnologia e inova??o. No dia 20, a Fiergs mostrou que o índice de Confian?a do Empresário Industrial gaúcho (ICEI-RS) subiu 2,5 pontos, para 46,9, recuperando parte da queda de 6,1 verificada em maio. Para a institui??o, ele permanece abaixo dos 50 pontos e revela ausência de otimismo entre empresários.