Plano de a??o articulado é urgente para enfrentar crise climática Revista Sustentabilidade Valor Econ?mico.txt
Parques tecnológicos celebram 40 anos com expectativas superadas e avan?os Revista Inova??o Valor Econ?mico.txt
Porto Digital,ógicoscelebramanoscomexpectativassuperadaseavan?osRevistaInova??oValorEcon?maleta de poker 500 fichas holográficas numeradas oficiais no Recife, é o pioneiro dos distritos de inova??o — Foto: Roberto Zacarias/Secom/Divulga??o Pioneiros na cria??o de ambientes de inova??o — paralelamente ao movimento de incubadoras e, mais tarde, de aceleradoras e hubs —, os parques tecnológicos completam 40 anos no Brasil com vigor e disposi??o para avan?arem ainda mais, agora para o conceito de distritos de inova??o. Dados da plataforma Inovadata-BR/MCTI revelam que o país conta com 101 parques tecnológicos, sendo 64 em opera??o, 29 em implanta??o e oito em planejamento. De acordo com estimativas da Associa??o Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), os parques nacionais, juntos, já consumiram R$ 7 bilh?es de investimentos. Em 2023, as 2.459 empresas instaladas nos parques faturaram cerca de R$ 15 bilh?es e pagaram R$ 1,2 bilh?o de impostos. Mas n?o faltam desafios. “Um parque leva de dez a 15 anos para se consolidar e, como em qualquer lugar do mundo, depende de recursos públicos. O país ficou oito anos, de 2013 a 2021, sem liberar recursos”, ressalta Adriana Faria, presidente da Anprotec. window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({ mode: 'organic-thumbs-feed-01-stream', container: 'taboola-mid-article-saiba-mais', placement: 'Mid Article Saiba Mais', target_type: 'mix' }); Leia mais: Wearables: tecnologia vestível avan?a e otimiza a rotina monitoradaPesquisas clínicas no Brasil enfrentam burocracia e perdem espa?o no cenário globalMudan?as no Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária buscam maior integra??o no campoInova??o no setor de fertilizantes aduba a independência nacionalInova??o na constru??o civil foca em solu??es para reduzir a pegadaMegatendências: o que vai impactar os negóciosEmpresas ampliam presen?a global com investimentos em inova??o e pesquisas A situa??o come?ou a mudar. “Tivemos vários programas. Em 2021, lan?amos uma chamada que aprovou 48 projetos, anunciados em 2022. Em 2023, com o descontingenciamento do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), quase dobramos os recursos da chamada para R$ 560 milh?es”, diz Sheila Oliveira Pires, diretora de apoio aos ecossistemas de inova??o do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inova??o (MCTI). Eduardo César Vieira, presidente do Sapiens: "[...] estamos inaugurando o JBS Biotec Inovation, maior centro de pesquisa em biotecnologia do país" — Foto: Jonat? Rocha/Secom SC O pioneiro no conceito de distrito de inova??o foi o Porto Digital do Recife, que conta com seis incubadoras e aceleradoras, sete Institutos de Ciência e Tecnologia (ICTs) incluindo o C.E.S.A.R. e os centros de P&D da Stellantis e da Samsung. S?o 415 empresas, tendo ancoras como Accenture e NTT DATA, além da Tempest e da Neurotech, startups adquiridas pela Embraer e pela B3, respectivamente. Com foco em software e 18.400 profissionais, o Porto Digital também ajuda a criar centros de inova??o de empresas como Bradesco, Deloitte, Baterias Moura e Solar Coca-Cola. Pierre Lucena, presidente do Porto Digital, diz que o distrito nasceu com um investimento de R$ 30 milh?es do governo de Pernambuco e hoje fatura R$ 70 milh?es com o aluguel de prédios, capta??o de projetos e inova??o aberta. Desde 2018, Recife também abriga o Parque Tecnológico Industrial (ParqueTel), focado em indústria 4.0 e ancorado pela Universidade Estadual de Pernambuco. Mauricélia Montenegro, secretária estadual de Ciência, Tecnologia e Inova??o, destaca que o ParqueTel abriga o Centro Avan?ado de Tecnologia para testes industriais e prototipagem e que em breve contará com uma linha de produ??o. Fiorin, do Tecnopuc: pacto de inova??o por Porto Alegre e pelo Rio Grande do Sul — Foto: Giordano Toldo/Divulga??o O Tecnopuc de Porto Alegre conta com 300 membros associados, 6,3 mil trabalhadores e R$ 350 milh?es de investimentos. O parque nasceu com centros de P&D globais de Dell, HP e Microsoft e já gerou dois unicórnios: a Getnet, adquirida pelo Santander, e a Aquiris, adquirida pela EpicGames. Flávia Fiorin, gestora de opera??es e empreendedorismo do Tecnopuc, defende que o conhecimento disponível no parque seja ampliado. “Criamos a Alian?a para Inova??o reunindo PUCRS [Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul], UFRGS [Universidade Federal do Rio Grande do Sul] e Unisinos e propusemos um pacto de inova??o para a cidade e o Estado, o Pacto Alegre, convocando as outras institui??es. A resposta ao tema das enchentes, por exemplo, foi muito rápida”, diz. A voca??o inicial em tecnologia da informa??o e comunica??o (TIC) foi expandida para saúde e ciências da vida, indústria criativa, energia e meio ambiente, com a cria??o do Instituto do Cérebro PUCRS e do Instituto de Petróleo e Recursos Naturais (IPR). A sustentabilidade vem de receitas da ocupa??o dos espa?os e de projetos. Romildo Dias Toledo, diretor-executivo do Parque Tecnológico da UFRJ, diz que, uma vez consolidado o parque, é preciso desenvolver o conceito de distrito de inova??o com a integra??o de diferentes institui??es e hubs. “Temos trabalhado por uma alian?a pela inova??o no Rio de Janeiro.” Criado em 2003, o foco é energia e óleo e gás, reunindo gigantes como Halliburton, Schlumberger, GE, Siemens e TechinipFMC. Mas a atua??o foi ampliada com a chegada da Ambev e da L’Oréal. Hoje s?o 50 empresas, mais da metade de grandes ancoras. O parque demandou mais de R$ 2 bilh?es de investimentos e tem receitas de projetos e de fomento. “Estamos criando um hub de saúde pública, usando a Fiocruz como ancora, os sete hospitais da universidade e os centros de saúde e de engenharia biomédica. Recentemente, lan?amos o Centro Brasil-Brics de Inova??o para a Neoindustrializa??o visando à colabora??o entre os países do bloco em setores essenciais como saúde pública, economia azul e energia sustentável”, diz Toledo. Já Santa Catarina conta com o Sapiens Parque de Florianópolis, criado em 2002 pelo Estado e pela Funda??o Certi. “A maior ancora é a Softplan, de TIC, mas estamos inaugurando o JBS Biotec Inovation, maior centro de pesquisa em biotecnologia do país”, diz o presidente, Eduardo César Vieira. O Estado de S?o Paulo é o que concentra o maior número de empreendimentos. “S?o 14 parques vinculados ao Sistema Paulista de Ambientes de Inova??o (Spai), que busca integrar pesquisa científica e tecnológica, empresas e organiza??es governamentais”, diz Vahan Agopyan, secretário de Ciência, Tecnologia e Inova??o. O Parque Tecnológico de Sorocaba é um centro de excelência em indústria 4.0, reunindo dez institui??es de ensino, 450 postos de trabalho, 36 startups e 68 empresas. “O parque atende a toda a regi?o metropolitana, abrangendo 27 municípios e quatro mil indústrias, como a Toyota”, diz o presidente Nelson Cancellara. O Parque de Inova??o Tecnológica de S?o José dos Campos, por sua vez, foi criado há 18 anos para aproveitar possíveis sinergias com o departamento de ciência e tecnologia aeroespacial do Ministério da Aeronáutica, mas diversificou o foco para saúde, agronegócio e telecom. S?o múltiplas raz?es que levam as empresas a ingressar em parques tecnológicos. A Stefanini já passou por Tecnopuc, Tecnosinos e Parque de S?o José dos Campos e hoje está presente no Porto Digital e no Instituto Caldeira (RS). “O que nos motiva é estar num ambiente que respira inova??o, acesso a estudantes e startups aceleradas”, diz Marcelo Ciasca, CEO da Stefanini Brasil. A Ambev chegou ao parque da UFRJ em 2018 para se aproximar da academia, por meio do Centro de Inova??o e Tecnologia Cervejeira (CIT). O CIT já desenvolveu inova??es, entre embalagens e bebidas, como a Brahma Duplo Malte, novas vers?es de Beats, bebidas sem álcool (Bud Zero e Corona Cero), sem glúten e de baixa caloria (Stella Pure Gold) e sem a?úcar (Guaraná Antarctica Zero). A NTT Data tem opera??es no Porto Digital e no Cietec visando aumento da inova??o. “Testamos computa??o espacial (metaverso), inteligência artificial generativa, blockchain, 5G, gêmeos digitais”, diz Roberto Celestino, head de inova??o digital.
