Patrim?nio Mundial, ruínas com mais de 300 anos atraem visitantes a S?o Miguel das Miss?es
Tokeniza??o permite uso da lavoura para crédito e garantias Tecnologia bancária Valor Econ?mico.txt
Ketlin Sfair Antunes: “A tokeniza??o de ativos vai transformar o formato que comercializamos gr?os de uma forma que n?o conseguimos vislumbrar agora” — Foto: Divulga??o O mercado agrícola passa por um processo disruptivo de compra e venda de gr?os - o da tokeniza??o da comercializa??o de commodities - que vem transformando o modelo de negócios do ??opermiteusodalavouraparacréditoegarantiasTecnologiabancáriaValorEcon?roleta bluefitsetor. A convers?o de ativos, como a produ??o de parte da safra em tokens, permite que o agricultor utilize sua lavoura para obter crédito, garantias ou negociar seus produtos por outros, prática conhecida como barter, palavra inglesa para escambo. Por exemplo, comprar equipamentos agrícolas e pagar com soja. Contratos e garantias digitalizados também podem virar lastros para se chegar ao token de uma commodity agrícola. O mercado ainda ensaia os primeiros passos no Brasil, mas o potencial de expans?o tem chamado a aten??o das institui??es financeiras. Hoje, um ter?o dos negócios do mercado de gr?os do país ocorre por meio de barter. Em valores, s?o cerca de R$ 300 bilh?es. Esse é o montante com potencial de tokeniza??o no setor, pelo menos em um primeiro estágio. No mundo, o modelo de tokeniza??o ultrapassa os US$ 200 bilh?es (cerca de R$ 1,1 trilh?o), em todos os segmentos, por se mostrar aplica??o eficiente e real do blockchain, banco de dados que permite o compartilhamento de informa??es. window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({ mode: 'organic-thumbs-feed-01-stream', container: 'taboola-mid-article-saiba-mais', placement: 'Mid Article Saiba Mais', target_type: 'mix' }); O tema, foco de painéis da Febraban Tech 2024, reuniu bancos, seguradoras e empresas de tecnologia e um público atento à digitaliza??o em curso no agronegócio, setor responsável por 23,8% do PIB brasileiro. Os números, apresentados por expositores, também incluem os de créditos agrícolas disponíveis no mercado, de cerca de R$ 900 bilh?es. O valor é inferior à necessidade de financiamento dos produtores, o que abre espa?o para o crescimento da tokeniza??o, ampliando o crédito no setor. Leia mais: Bancos mais flexibilidade na nuvemPercep??o dos benefícios ainda é desafio para avan?o do open financePix avan?a 500% e bancos passam a testar novas funcionalidadesSem data de lan?amento, BC inicia 2a fase do DrexBC tem papel relevante para a moderniza??oFintechs amadurecem e ganham alcance globalBancos criam seus próprios marketplaces “Grandes bancos acessam o agronegócio, mas fundos de investimento têm dificuldade [para acessá-lo]. Há muito dinheiro de private equity represado, sem conseguir entrar. Com a tokeniza??o, haverá mais players; com isso, mais crédito e barateamento do custo. O produtor come?ará a usar a moeda dele e terá risco menor”, diz Anderson Nacaxe, diretor da Agrotoken, startup pioneira na tokeniza??o de commodities agrícolas, que fechou parcerias com a Visa e com o Broto, plataforma digital do agronegócio do Banco do Brasil, criada em 2023. O potencial do mercado tem chamado a aten??o de institui??es financeiras. O Broto come?ará a operar com a tokeniza??o de gr?os no segundo semestre deste ano. A partir daí, ao acessar a plataforma, o produtor poderá comprar equipamentos pagando em gr?os. A Agrotoken converterá a quantidade de gr?os em tokens equivalentes ao valor do produto adquirido, que ser?o transferidos como pagamento ao vendedor da máquina agrícola. “A tokeniza??o de ativos é altamente inovadora e vai transformar o formato que comercializamos gr?os de uma forma que n?o conseguimos vislumbrar agora”, diz Ketlin Sfair Antunes, gerente-executiva de agronegócios do Banco do Brasil. Segundo ela, tornar esse mercado ágil, fácil e transparente, com uso de blockchain, abre portas para novas receitas, novos agentes e prestadores de servi?os. Hoje, a plataforma Broto conta com mais de 1,5 mil vendedores do agronegócio, tendo movimentado 6,5 bilh?es em ativos com financiamentos de R$ 3 bilh?es. “O mercado de tokeniza??o precisa de confian?a, que é a base de tudo. O Broto entra como agente, gerando consistência de processos para constru??o de ativos digitais. Os outros agentes financeiros conseguem dar autoridade para esse ativo ter valor, de modo a atrair novos agentes financiadores, como mercado de capital e fundos de investimentos”, diz Marcos Santos, superintende-executivo do Broto. A Visa também se voltou para o setor nos dois últimos anos e, desde ent?o, consolidou sua estratégia de expans?o. Em conjunto com a Agrotoken, criou um cart?o destinado aos agricultores interessados em tokenizar a produ??o de gr?os, que passam a funcionar como moeda ou lastro para compra de maquinários, insumos, fertilizantes, por exemplo, nos mais de 80 mil estabelecimentos da Visa pelo mundo. “De 2022 a 2023, triplicamos a quantidade de transa??es no agro”, afirma Juliana Amoroso, gerente de produtos da Visa, que quer ampliar sua atua??o para o que hoje é atendido pelo barter e pela indústria. “Cada vez mais precisamos falar a linguagem do produtor, trazer a tecnologia para ajudar na inclus?o financeira e facilitar processos”. As perspectivas s?o promissoras, de acordo com os painelistas. “Em menos de um ano, o mercado vai explodir, porque vemos os grandes players entrando. Focamos muito no mercado de barter brasileiro”, diz Nacaxe, da Agrotoken. Outra vantagem está relacionada ao uso do blockchain, capaz de criar registros digitais imutáveis. Cada transa??o ao longo da cadeia pode ser registrada como um token, gerando rastreabilidade integral das transa??es.