Rio Innovation Week 2025: evento deve aquecer economia carioca com R$ 4 bilh?es e criar 22 mil empregos
Tecnologia impulsiona a produtividade no campo Paraná Valor Econ?mico.txt
Lavoura de soja na regi?o de Guarapuava,áValorEcon?valor premio lotofácil no centro do Paraná; previs?o é que o Estado colha 21,9 milh?es de toneladas do gr?o na safra 2023/24 — Foto: Jonathan Campos/AEN Há anos a agricultura do Paraná é reconhecida pela ado??o de novas tecnologias capazes de aumentar a produ??o e reduzir custos. O plantio direto, por exemplo, foi implementado no Brasil na década de 1970 por um agricultor do norte do Estado. Desde ent?o, técnicas foram aprimoradas, pesquisas avan?aram e o campo paranaense se consolidou como o mais produtivo do país. Cada hectare de soja produz, em média, 3.860 kg de gr?os, contra 3.773 kg do Mato Grosso, maior produtor em volume (o Paraná é o segundo), e 3.508 kg na média nacional, segundo estimativa da Conab de agosto. “As inova??es tecnológicas têm nos ajudado muito na melhor maneira de tratar a terra, para garantir alimentos saudáveis, com mais produtividade e disponíveis para todos”, afirma Renan Salvador, diretor de inova??o da Sociedade Rural do Paraná (SRP). window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({ mode: 'organic-thumbs-feed-01-stream', container: 'taboola-mid-article-saiba-mais', placement: 'Mid Article Saiba Mais', target_type: 'mix' }); é o caso da fazenda Regina, em Diamante do Norte (600 km de Curitiba), pequeno município próximo às divisas do Estado com S?o Paulo e Mato Grosso do Sul, e associada à Cocamar Cooperativa Agroindustrial, cuja sede fica em Maringá (385 km da capital). Arrendatário de uma área de mil hectares, o dono da fazenda, André Mataruco, adquiriu oito tratores e um pulverizador de última gera??o para cultivar 220 hectares com mandioca. Os resultados foram surpreendentes, afirma. Os equipamentos, com piloto automático, trabalham sem interferência do operador, por meio de uma antena que recebe os sinais de satélite do GPS. Leia mais: Estado é o ponto central do PIB do Cone SulNo meio do caminhoCapital e entorno detêm 35% do PIB da indústriaSilvicultura cresce com amplia??o de planta e novos usos da madeiraConstrutoras conquistam mercado fora do Estado “N?o temos perda de sementes no plantio, nem gastos desnecessários com a pulveriza??o”, diz ele. O equipamento faz o mapeamento prévio do terreno e planta as sementes no lugar determinado, ou pulveriza exatamente onde precisa, sem excesso de gastos. “Hoje, sou um agricultor diferente, com melhor produtividade e menor custo de produ??o”, comemora Mataruco. “Produzimos em torno de 60 toneladas de raízes de mandioca por hectare, enquanto a média estadual é de 30 t/ha”, afirma. Os agricultores associados à Coamo Agroindustrial Cooperativa, com sede em Campo Mour?o (450 km de Curitiba), no centro-oeste do Paraná, exibem, igualmente, crescimento gradativo e constante em fun??o das inova??es tecnológicas, aponta Airton Galinari, presidente-executivo da cooperativa. “Realizamos pesquisas inovadoras de variedades de sementes e híbridos mais produtivos e pesquisas agron?micas, como corre??es de solo profundo e aduba??o mais tecnológica. Também usamos biocombustíveis, biofertilizantes e equipamentos mais modernos no plantio e na colheita, que evitam desperdício de sementes e perdas no campo”, explica. Desequilíbrio ambiental provocado pelo uso de alguns produtos preocupa” — Natalino de Souza A expectativa da Coamo é que o faturamento dos 31,6 mil cooperados neste ano fique um pouco acima da receita global de R$ 28 bilh?es atingida em 2022. “Vamos receber dos cooperados cerca de 10 milh?es de toneladas de produtos agrícolas, perto de 170 milh?es de sacas, 60% das quais de soja, 33% de milho e 7% de trigo. é o maior recebimento da história da cooperativa”, afirma Galinari. De maneira geral, a agroindústria paranaense foge do empirismo, assumindo cada vez mais a inova??o, avalia Norberto Ortigara, secretário da Agricultura e do Abastecimento do Paraná. “Há muitos avan?os importantes acontecendo no processo de refinamento da agricultura de precis?o”, diz ele. “S?o tecnologias como sensores, drones, bioinsumos, bioinseticidas, biofungicidas chegando cada vez mais”, assinala. E presentes em todas as cadeias produtivas da agropecuária paraense, desde novas tecnologias de aplica??o de insumos de plantio até os manejos pecuários, como ordenhas automatizadas, ambiência de aviários e a alimenta??o animal, concorda ágide Meneguette, presidente da Federa??o da Agricultura do Estado do Paraná. A inten??o dos produtores, segundo ele, é buscar exclusivamente ganhos de produtividade. Na safra 2023/24, por exemplo, a produ??o de soja deve atingir 21,9 milh?es de toneladas, um crescimento de 50% em rela??o as 14,5 milh?es de toneladas produzidas na safra 2013/14, informa Meneguette. “O uso das inova??es tecnológicas dentro da porteira tem surtido efeito prático”, afirma. Mas é preciso fazer corre??es nos rumos que essas inova??es vêm tomando, defende Natalino Avance de Souza, presidente do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná - Iapar-Emater (IDR-Paraná), vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento. “Uma quest?o que nos preocupa é o desequilíbrio ambiental provocado pelo uso de alguns produtos. S?o necessários para o controle de pragas e moléstias, mas hoje exigem melhores práticas de utiliza??o, com ado??o de técnicas mais rígidas de monitora??o”, afirma. “Estamos criando uma for?a tarefa para discutir e combater a deriva de agrotóxicos, que vem desestimulando o cultivo de produtos muito sensíveis ao uso dos defensivos, como bicho-da-seda, tomate, amora e abelhas”, comenta.