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Risco climático entra de vez na agenda empresarial Beon Valor Econ?mico.txt
Desastres relacionados ao clima já impactam diretamente economias e opera??es empresariais,áticoentradeveznaagendaempresarialBeonValorEcon?mega sena 30/06/2022 tornando o risco climático um indicador concreto para setores público e privado. De acordo com dados da Nasa, o aquecimento global acelerou: a taxa passou de 0,2 °C por década, em 1970, para 0,27 °C atualmente. O ano de 2024 foi o mais quente da história. O cenário brasileiro também evidencia a gravidade do problema. Segundo informa??es do relatório da Alian?a Brasileira pela Cultura Oceanica, elaborado com apoio do governo federal e da Organiza??o das Na??es Unidas para a Educa??o, a Ciência e a Cultura (Unesco), entre 2020 e 2023 foram em média 4.077 ocorrências por ano, quase o dobro da média anual de 2.073 registrada nas duas décadas anteriores, de 2000 a 2019. Diante desse contexto, governos, iniciativa privada e sociedade civil s?o pressionados a buscar estratégias de preven??o e mitiga??o desses efeitos. Para Danilo Maeda, diretor-geral da Beon, hoje já temos diversos exemplos de como fen?menos climáticos afetam os negócios. “Isso imp?e às empresas uma gest?o de riscos mais abrangente. é preciso se adequar a essa realidade para evitar perdas e aumentar a resiliência da infraestrutura”, analisa. Adapta??o no centro da estratégia Duas frentes orientam a a??o nesse cenário: adequa??o e mitiga??o. A primeira consiste em preparar a sociedade, as companhias e suas instala??es para enfrentar ocorrências em curso. Para alcan?ar a segunda, é necessário reduzir as emiss?es de gases de efeito estufa e remover carbono da atmosfera para conter o avan?o do aquecimento global. Tais conceitos est?o no centro do Acordo de Paris — assinado por 194 países e a Uni?o Europeia, que se comprometeram a criar estratégias para evitar que o planeta alcance a marca de 1,5 °C acima da temperatura global. E, assim como orientam políticas globais, esses eixos também se refletem no ambiente corporativo. Na vis?o de Maeda, “olhar para os riscos é importante para a própria sustentabilidade do negócio e pode ser também uma oportunidade de capta??o de recursos a custos mais baixos ou de cria??o de solu??es para descarbonizar e adaptar melhor a cadeia de valor”. Ele ressalta, ainda, que organiza??es resistentes em adotar novas práticas correm o risco de ficar para trás. “Mesmo sob a ótica estritamente financeira, riscos climáticos s?o intrínsecos ao negócio. N?o os considerar seria agir contra os interesses dos acionistas”, diz o diretor-geral da Beon. Da norma à a??o Para além dos compromissos assumidos em acordos multilaterais, a evolu??o das normas nacionais e internacionais tem pressionado as lideran?as pela incorpora??o de riscos climáticos em suas estratégias de negócios . No Brasil, esse movimento é mais evidente para as companhias de capital aberto, com a ado??o, pela Comiss?o de Valores Mobiliários (CVM), dos padr?es internacionais IFRS S1 e S2. “A regula??o tem um papel importantíssimo para o mercado, porque nem todos os agentes v?o avan?ar por livre iniciativa e por entender que essa agenda faz sentido. às vezes, a regula??o precisa impor algumas coisas para que o mercado como um todo avance”, observa Maeda. Se a regula??o estabelece parametros mínimos, o desafio seguinte é transformar essas diretrizes em a??es concretas. Nesse cenário, segundo o diretor-geral, a Beon atua como parceira nas iniciativas. “Nossa abordagem prepara a empresa para ser mais resiliente e capaz de identificar as melhores oportunidades de financiamento. Para isso, mapeamos riscos e traduzimos o que isso significa para cada organiza??o”, conclui.