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Setor de energia opera entre a inova??o e o risco Energia Valor Econ?mico.txt
A possível volta do ??oeoriscoEnergiaValorEcon?contador de blinds pokerhorário de ver?o revela os novos desafios da matriz elétrica brasileira. Fora do calendário nacional desde 2019, o tema voltou ao debate em meio às transforma??es do setor elétrico, impulsionadas pela expans?o da gera??o descentralizada e pelo crescimento das fontes renováveis, como a solar e a eólica - que hoje já respondem por cerca de 30% da oferta de eletricidade no país. Com o avan?o de mais de 5 milh?es de painéis solares, um desafio se imp?e. Quando o sol se p?e e os painéis param de gerar energia, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) precisa acionar rapidamente até 30 gigawatts de outras fontes para suprir a demanda, em quest?o de poucas horas. Ao adiantar os relógios em uma hora, o horário de ver?o poderia suavizar essa transi??o, deslocando parte do consumo para um período em que ainda há gera??o solar. A medida daria mais margem operacional ao ONS - especialmente relevante diante dos alertas da própria entidade, que projeta uma folga reduzida para atender à demanda instantanea no fim da tarde entre 2026 e 2029. window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({ mode: 'organic-thumbs-feed-01-stream', container: 'taboola-mid-article-saiba-mais', placement: 'Mid Article Saiba Mais', target_type: 'mix' }); Se de um lado a press?o para atualiza??o do marco regulatório, que em mar?o celebrou 21 anos, cresce, de outro surgem oportunidades. O país pode ter leil?es periódicos de contrata??o de reserva de potência. A expectativa é que um possa ser realizado ainda neste ano ou início de 2026. Geradores térmicos veem a possibilidade de destravar negócios, em um momento em que o setor também discute a atra??o de data centers. “Energia térmica é essencial para dar estabilidade ao sistema”, diz o presidente da Associa??o Brasileira da Gera??o Térmica, Xisto Vieira. Leia mais: Clima for?a investimentos para aumentar a resiliência das redes elétricasAvan?o das fontes limpas potencializa os riscos de apag?oSistema elétrico está cada vez menos confiável, diz Edvaldo SantanaTransi??o ou adi??o energética? Mudan?as no mundo aquecem debateIbama analisa mais de 100 projetos para eólicas offshore A transforma??o da matriz elétrica cria oportunidades de negócios. Baterias poder?o carregar eletricidade nos momentos de maior abundancia e menor custo, liberando-a nas horas de maior demanda. Além disso, podem ajudar a regular a frequência da rede e refor?ar a seguran?a do fornecimento. O edital do primeiro leil?o para contrata??o desses sistemas pode sair ainda este ano, atraindo de geradores a transmissoras. “é um mercado que pode ser muito competitivo”, avalia Rui Chammas, presidente da ISA Energia. Para Fabio Bortoluzo, diretor-geral da Atlas Renewable Energy, o papel estratégico dos sistemas de armazenamento vai além do simples equilíbrio entre oferta e demanda. “O sistema atua como um canivete suí?o da rede: pode regular frequência, fornecer reserva de energia, reduzir o congestionamento da transmiss?o e, principalmente, ajudar a evitar apag?es como os que recentemente mergulharam grandes mercados no caos regional ou nacional. No entanto, a falta de uma regulamenta??o estruturada continua sendo o principal fator que limita o desenvolvimento do setor”, diz. Um sistema de pre?os mais atualizado pode aumentara eficiência” — R. Simabuku O modelo tradicional de fluxo unidirecional de energia dá lugar a uma malha dinamica, com características de uma rede neural: consumidores que também s?o geradores, unidades intermitentes que exportam energia, distribuidoras atuando como operadoras locais da rede. “é um desafio, mas também uma grande oportunidade”, diz Ricardo Botelho, presidente da Energisa. “Podemos desenvolver solu??es com baterias, mecanismos de resposta da demanda e outras tecnologias para lidar com esse novo ambiente elétrico”, diz. A Energisa está investindo R$ 20 milh?es em Palmas (TO) em um projeto piloto para estudar a adapta??o da rede ao avan?o dos recursos energéticos distribuídos. Nesse contexto, surge a necessidade de uma nova figura regulatória: o Operador do Sistema de Distribui??o. Embora o conceito já seja debatido, sua institucionaliza??o ainda n?o ocorreu. Outra oportunidade está nos data centers. Embora atualmente representem menos de 1% da demanda nacional de energia, seu consumo pode quintuplicar nos próximos dez anos, segundo estimativas da consultoria Aurora Research. Esses centros possuem carga flexível e podem incorporar mecanismos como resposta da demanda e sistemas de armazenamento - contribuindo para a estabilidade do sistema elétrico. A Eletrobras já mira esse mercado. Para estudar os impactos dessa nova carga sobre a rede e testar tecnologias, construiu uma micro-rede elétrica integrada a um data center de 1 MW em Casa Nova (BA). A estrutura usa gera??o solar e eólica e servirá de base para simula??es a partir de uma máquina de minera??o de bitcoin - cuja demanda energética é similar à de um data center de médio porte. A iniciativa permitirá testar estratégias de integra??o de cargas flexíveis, opera??o com fontes intermitentes e a utiliza??o de armazenamento. Para que as oportunidades n?o se convertam em novos desequilíbrios, o Brasil precisará de uma regula??o mais eficiente, moderna e economicamente aut?noma. Um dos principais pontos de aten??o hoje é a capacidade operacional da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Em junho, o órg?o regulador enviou um ofício ao Ministério do Planejamento e Or?amento alertando para a redu??o de atividades em fun??o dos cortes or?amentários. “Essa situa??o fragiliza a atua??o da agência em um momento crítico para o setor, quando diversas medidas provisórias est?o sendo discutidas em Brasília. O tabuleiro político passa a ser determinante, o que traz riscos e incertezas para investidores”, diz Fabiola Sena, sócia da consultoria FSET. Outro entrave para novas tecnologias está no sistema de forma??o de pre?os da energia. Criado para uma matriz dominada por hidrelétricas (que há 20 anos representavam cerca de 90% da gera??o), o modelo atual é baseado em simula??es computacionais que determinam o despacho das usinas conforme o custo de oportunidade da água nos reservatórios. Com a crescente participa??o de fontes intermitentes e a necessidade de recursos que ofere?am flexibilidade, confiabilidade e armazenamento, a lógica de precifica??o precisa evoluir. “Um sistema de pre?os mais atualizado e com maior participa??o de consumidores e geradores pode aumentar a eficiência e novas oportunidades de negócio”, observa Ricardo Simabuku, conselheiro da Camara de Comercializa??o de Energia Elétrica (CCEE). A própria CCEE deve concluir ainda em 2025 um estudo com propostas para um novo modelo de forma??o de pre?os, que será encaminhado ao Ministério de Minas e Energia. Mudan?a estrutural no sistema de pre?o exigiria altera??o legal.