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'A?aínho': conhe?a o vinho feito de a?aí que mistura sofistica??o e tradi??o paraense

Em um ponto de venda de a?aí na regi?o metropolitana de Belém s?o comercializados cerca de 130 litros por dia,?aínhoconhe?aovinhofeitodea?aíquemisturasofistica??oetradi??bingo dezenas mas os donos decidiram investir na fabrica??o artesanal de outro produto. Eles criaram uma outra bebida, elegante, sofisticada, que n?o tem uva, mas pode ser chamar carinhosamente de vinho de a?aí.

Responsável pela fabrica??o, Zuza Farias faz testes, mede o teor alcoólico, tudo de acordo com os padr?es legais. "O processo artesanal é um processo mais gostoso, eu acho, a gente se envolve mais com o produto, já na automa??o é diferente".

Para a produ??o da bebida, é preciso paciência. O caro?o do a?aí é processado para extrair a polpa, que passa por processos químicos no laboratório onde é adicionada a formula mágica. Depois s?o de 30 a 45 dias nos tonéis para fermenta??o. Tudo isso vai para o decantador para separar a borra do vinho, depois é filtrar, engarrafar e beber.

"Adoro um vinho de vez em quando, com queijo, com salame, é bom para degustar", afirma Zuza.

O vinho também tem sabor de história e saudade. Tudo come?ou com ideia do Eurico, um apaixonado por a?aí. Ele passou 17 anos pesquisando e experimentando, até chegar à formula da bebida em 2018. No mesmo ano, o empresário descobriu um cancer no cérebro. Ele faleceu por causa da doen?a em 2020. A Célia, mulher dele na época, se recuperou da despedida e continuou tocando o negócio.

"Essa bebida representa a realiza??o de um sonho. O meu sonho foi realizado porque desde que a ideia da cria??o do vinho de a?aí eu fui a sua maior torcedora, para que ele se concretizasse, e se concretizou", afirma a proprietária.

O tempo que faz bem a todo bom vinho, também foi amigo da Célia. Depois do luto, ela reencontrou o amor no Nathan. Eles casaram em fevereiro deste ano e seguem juntos a frente do projeto de Eurico.

"O que tem dentro da garrafa do A?aínho n?o é só o a?aí, a fórmula, o segredo que existe, mas também o amor, a cumplicidade nossa", afirma Nathan Sousa, supervisor de produ??o.

O primeiro lote do A?aínho deve gerar faturamento de R$180 mil. Já tem encomenda de outros estados e até mesmo de Portugal.

"é uma responsabilidade muito grande minha fazer com que aconte?a isso e isso eu encontrei na Célia, na for?a dela, e um pouco do meu conhecimento para que hoje a gente consiga colocar o A?aínho no mercado, através das fronteiras", diz Nathan.

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