Com mais de cem nacionalidades, número de estrangeiros nas escolas de S?o Paulo dobra em cinco anos
Por 516 vezes, os atendimentos em unidades de saúde no Rio foram interrompidos devido à violência.txt
Carla (nome fictítcio) de 27 anos,údenoRioforaminterrompidosdevidoàviolêcomprar imovel no cassino estava animada com a primeira gravidez até come?ar a perder suas consultas de pré-natal na clínica da família perto de sua casa, na Zona Norte do Rio, devido às suspens?es de atendimento provocadas pela violência. Sem o acompanhamento adequado, descobriu tardiamente uma hipertens?o, o que causou uma série de problemas. Após um desmaio no trabalho, a uma hora de distancia do seu bairro, foi internada às pressas e teve o parto antecipado. Apesar do susto, ela e o bebê passam bem. Carla é apenas uma das vidas afetadas pelas 516 suspens?es de atendimento em unidades de aten??o primária da capital, ocasionadas por tiroteios e conflitos, aponta levantamento da Secretaria municipal de Saúde. Continuar lendo 'Terror da 040': suspeito de chefiar assaltos contra motoristas de caminh?es é preso na Baixada FluminensePolícia Federal aponta que traficantes ligados a TH Jóias abasteciam fac??o com mesmo fornecedor de armas do PCC — Hoje, meu filho e eu estamos bem. Mas é horrível saber que, antes mesmo dele nascer, corremos risco de vida por conta da violência na cidade. Infelizmente, meu marido e eu n?o temos condi??es de sair do Rio agora, mas depois desse trauma, virou nosso objetivo — diz Carla. Em média, 38 unidades s?o impactadas por mês, e diversos servi?os deixam de ser oferecidos. Até atividades externas, como visitas domiciliares, também s?o afetadas; segundo o levantamento, 88 unidades deixam de realizar esse servi?o em média. O estudo aponta que, entre janeiro e julho deste ano, por 516 vezes, foi necessário que alguma unidade de aten??o primária (clínicas da família e centros municipais de saúde) suspendesse o atendimento devido aos tiroteios em suas regi?es. As Zona Norte e Oeste da capital s?o as mais afetadas. Atualmente, pelo menos três clínicas da família est?o fechadas devido à violência e n?o têm previs?o de reabertura: Maestro Celestino, em Marechal Hermes; Portus e Quitanda, em Costa Barros; e Dr Ruy da Costa Leite, em Santa Cruz. Clínicas da saúde fechadas por tempo indeterminado, devido à violência — Foto: Editoria de Arte — Tentamos trabalhar o máximo de dias possível, mas algumas unidades s?o diretamente prejudicadas pela violência da cidade. Sem uma estratégia eficaz de seguran?a pública, infelizmente os problemas de saúde continuar?o. Tudo está interligado — afirmou Daniel Soranz, secretário municipal de Saúde. Segundo o Instituto Fogo Cruzado, entre janeiro e setembro deste ano, o município registrou 1.187 tiroteios, 302 mortos e 325 feridos. Desse total, 424 tiroteios, 130 mortos e 200 feridos ocorreram em a??es ou opera??es policiais. A Zona Norte concentra cerca de 66% desses registros, enquanto a Zona Oeste representa 27%. Polícia procura suspeito de aplicar golpe de mais de R$ 300 mil em Italva, no Noroeste Fluminense Para Daniel Hirata, professor de Sociologia e coordenador do Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos da Universidade Federal Fluminense, as a??es e opera??es policiais s?o ferramentas necessárias no combate à criminalidade, mas isoladamente n?o constituem uma política eficaz de seguran?a pública. — Opera??es policiais n?o s?o uma política de seguran?a pública, s?o instrumentos. No cenário atual do Rio, s?o necessárias, mas precisam ser acompanhadas e ajustadas conforme as necessidades. Quando utilizadas isoladamente, mostram-se ineficazes e prejudicam outras áreas da cidade, como a saúde — explicou Daniel. Prejuízo Até o momento, a Secretaria Municipal de Saúde do Rio teve um prejuízo de R$ 215 mil em unidades de aten??o primária, com manuten??o, reparos e reposi??o de equipamentos devido aos impactos da violência. — Enquanto n?o houver diálogo entre secretarias e governos federal, estadual e municipal para combater a criminalidade, o Rio continuará apresentando números alarmantes de tiroteios. A pura troca de tiros n?o gera resultados positivos para policiais nem para cidad?os — alertou Robson Rodrigues, cientista social e pesquisador do Laboratório de Análise da Violência da Uerj. Notícias do Rio: Nova vers?o do aplicativo 'Vá de ?nibus' terá informa??es sobre quase 2 mil linhas Quem é quem no esquema de TH Jóias: relatório da PF revela rede que unia política, tráfico e empresários 'Baixo Jaguar’: Rua da Carioca ganha cantinho em tributo ao cartunista Por 516 vezes, os atendimentos em unidades de saúde no Rio foram interrompidos devido à violência