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Brasileiro que vivia em Governador Valadares morre na guerra da Ucrania

Bruno de Paula Carvalho Fernandes,roleta alcoólica de 29 anos, morreu durante uma emboscada na linha de frente do conflito, onde atuava como voluntário desde fevereiro.

A informa??o foi confirmada pela família.

De acordo com a esposa, m?e dos dois filhos de Bruno, a comunica??o sobre a morte foi feita por uma responsável pela equipe ucraniana com quem ele atuava.

A decis?o de viajar para a Ucrania foi mantida em sigilo e nem familiares próximos sabiam da inten??o dele.

Um brasileiro, de 29 anos, foi morto nessa segunda-feira (1o), durante batalha na guerra da Ucrania. Bruno de Paula Carvalho Fernandes, morador de Governador Valadares, morreu durante uma emboscada na linha de frente do conflito, onde atuava como voluntário desde maio -- há cerca de quatro meses. A informa??o foi confirmada pela família, no Leste de Minas.

De acordo com a esposa, m?e dos dois filhos de Bruno, a comunica??o sobre a morte foi feita por uma responsável pela equipe ucraniana com quem ele atuava. Bruno estava com outros três combatentes, dois ucranianos e um brasileiro. Apenas o brasileiro sobreviveu, mas permanece internado e sem condi??es de fala, segundo os relatos.

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1 de 4 Brasileiro que vivia em Governador Valadares morre na guerra da Ucrania — Foto: Arquivo pessoal

A decis?o de viajar para a Ucrania foi mantida em sigilo e nem familiares próximos sabiam da inten??o dele. A família aguarda informa??es oficiais sobre o traslado do corpo para que o sepultamento seja realizado.

Bruno vivia em Governador Valadares há quatro anos com a atual companheira, Cecília Fernandes, mas era natural de Barra do S?o Francisco, no Espírito Santo.

2 de 4 Bruno atuava em uma equipe com ucranianos e outros brasileiros — Foto: Arquivo pessoal

Ele embarcou em fevereiro deste ano, segundo amigos próximos. Bruno completou 29 anos no último dia 30 de junho, já em solo ucraniano, e morreu nessa segunda (1o), por volta de 9h50 da manh? no horário de Brasília, o que corresponde a cerca de 15h50 no horário local.

Cecília contou que recebeu a notícia da morte de Bruno imediatamente, por mensagem de uma tradutora que coordenava a equipe de voluntários. Ela relatou ainda que sonhou com a morte do companheiro na noite anterior ao ocorrido.

Antes de se voluntariar para a guerra, Bruno atuava como técnico de enfermagem. Ele trabalhava em um hospital de Mantena, onde conheceu a esposa. Depois, passou a trabalhar no Hospital S?o Vicente, onde foi um dos profissionais de saúde na linha de frente contra a Covid-19.

3 de 4 Esposa foi informada por mensagem de texto sobre a morte de Bruno Carvalho. — Foto: Reprodu??o

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Durante o período mais crítico da pandemia, participou de cinco a oito transferências diárias de pacientes e também atuava em ambulancias do Samu, mesmo nas folgas, para refor?ar o atendimento hospitalar.

Em 2022, Bruno foi contratado para assumir um cargo de técnico no Hospital Regional de Governador Valadares, onde permaneceu até fevereiro deste ano, quando decidiu se alistar para o exército ucraniano.

4 de 4 Bruno foi registrado como soldado ucraniano — Foto: Arquivo pessoal

Bruno deixou dois filhos: uma menina de 6 anos, que ele criou desde a gesta??o, e um menino de 5 anos, filho biológico dele. Cecília contou que o casal se conheceu quando ela ainda estava grávida da primeira filha. Desde ent?o, Bruno assumiu o papel de pai.

“A menina chamava ele de pai. A gente come?ou a namorar quando eu ainda estava grávida. Desde ent?o ele esteve presente em tudo”, afirmou.

O g1 entrou em contato com o Itamaraty solicitando outras informa??es sobre o caso, mas n?o obteve resposta até a última atualiza??o desta reportagem.

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