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Vendas têm aumento de 59% em dois anos Comércio exterior Valor Econ?mico.txt
As exporta??es totais do êmaumentodeemdoisanosComércioexteriorValorEcon?gerador de quinaBrasil entre janeiro e a terceira semana de junho somaram US$ 153,69 bilh?es, garantindo um saldo na balan?a comercial de US$ 42,16 bilh?es, 33,9% superior a igual período de 2022. O mês de maio registrou o melhor resultado mensal da série histórica da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Indústria, Desenvolvimento, Comércio e Servi?os (MDCI), com o superávit de US$ 11,378 bilh?es, em boa parte puxado pelo agronegócio. Só nas três primeiras semanas de junho o setor agropecuário respondeu por cerca de 44% dos US$ 17,64 bilh?es faturados pelo país. Em maio, as exporta??es do setor haviam atingido U$ 16,6 bilh?es, mais 10% em rela??o ao mesmo período de 2022. No agregado de 12 meses terminado em maio, o superávit acumulado pelo agronegócio subiu 21,6%, alcan?ando US$ 144,62 bilh?es. window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({ mode: 'organic-thumbs-feed-01-stream', container: 'taboola-mid-article-saiba-mais', placement: 'Mid Article Saiba Mais', target_type: 'mix' }); O economista José Roberto Mendon?a de Barros utiliza o adjetivo ‘a(chǎn)lucinante’ para explicar o crescimento das exporta??es do agronegócio nos últimos anos. Entre os anos de 2020 e 2022 as vendas externas apresentam um salto de 59%, saindo de US$ 84,43 bilh?es para US$ 134,12 bilh?es. “Crescerá novamente, mas em ritmo menor”, diz. Produtos como soja, café e milho cresceram bem acima dessa média. Os que menos cresceram no período foram algod?o e carne suína, que expandiram 13% e 14% respectivamente, calcula. “Tem um peda?o de 30% do PIB brasileiro que vai muito bem, diferente de servi?os e indústria que n?o crescem no mesmo ritmo”, compara. Os anos de 2021 e 2022 por quest?es geopolíticas e climáticas tiveram uma forte demanda por estoques de alimentos no mundo, o que deve arrefecer este ano. O desempenho está mais no crescimento da safra de gr?os, e menos nos pre?os, a garantia de incremento das exporta??es em. Na análise dos quatro primeiros meses do ano, realizada pela pesquisadora Andréia Adami, do Cepea-Esalq/USP, a soma das exporta??es do setor alcan?ou US$ 51 bilh?es, com alta de 4,3% na receita e de 9,8% no volume, o que reflete a queda de 5% no pre?o em dólares dos produtos agrícolas. Além da queda dos pre?os, a valoriza??o do real também terá efeito sobre a balan?a, mas reduzido, acredita Adami. Ela calcula que descontada a infla??o (IGP-DI) do valor médio do cambio no período, a varia??o positiva foi de apenas 0,4%. Leia mais: Valores do frete marítimo caem pela metade em rela??o a 2022Demanda aquecida impulsiona servi?os de TICSoftwares de nicho posicionam as PMEs no mercado internacionalMercado de produtos 'halal' terá 2 bilh?es de consumidoresPaíses árabes investem na agenda do esporte Entre os destaques das exporta??es está o milho, com incremento de 171% na receita no primeiro quadrimestre do ano se comparado com igual período de 2022. O país obteve US$ 3,13 bilh?es FOB. O complexo soja segue sendo o de maior participa??o. Foram vendidos US$ 23 bilh?es, o que representa praticamente 45% de todos os embarques do setor nos quatro meses. Representativa também foi a alta de 73,9% nos embarques de etanol e 16,4% de carne suína. O maior desafio está na área ambiental” — Mendon?a de Barros Sem negar importancia do peso do setor agrícola, o presidente da Associa??o de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, pondera que vivemos uma espécie de “superávit negativo”. Ao analisar todo o conjunto de exporta??es e importa??es do país, mostra que as proje??es deste ano indicam queda de 2,3% nas exporta??es e de 6,2% nas importa??es, por tanto um ganho que vem mais do que deixamos de importar do que das vendas. Para melhorar esse quadro, diz ele, é fundamental ter uma reforma tributária e ampliar as vendas de produtos com maior valor agregado. A balan?a comercial de produtos manufaturados que em 2007 apresentava um déficit de US$ 8 bilh?es, fechou 2022 com US$ 128 bilh?es negativos, afirma Castro. Empresa reposicionou a estratégia de venda de a?úcar” — Paulo Neves Exportar maior valor agregado tem sido foco de empresas como a Raízen. Segundo Paulo Neves, vice-presidente de trading, a empresa reposicionou a estratégia de venda de a?úcar, deixando de entregar o produto para terceiros no porto, partindo para atender diretamente o cliente final. Tendo implantado um sistema de rastreamento ponta a ponta e de certifica??o no a?úcar, agregam valor e fidelizam clientes. A empresa fatura R$ 200 bilh?es ao ano e exportou R$ 25,8 bilh?es na safra 2022/23 em a?úcar. Mas a grande aposta do grupo está no etanol de segunda gera??o. Donos de uma tecnologia própria, a Raízen já tem contratada a venda de todo etanol produzido a partir de resíduos da cana. O novo derivado, afirma Neves, alcan?a prêmio até 70% acima do etanol de primeira gera??o em alguns mercados. Se os ventos parecem promissores, o setor tem de atentar para quest?es importantes do mercado. Além de olhar para o desaquecimento da economia mundial, que impacta no pre?o, o maior desafio está na área ambiental, diz Mendon?a de Barros. Para ele, pode-se chamar de protecionista a nova legisla??o da Uni?o Europeia, mas eles ditar?o o caminho.
