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Laboratório inédito recém-lan?ado pela USP estimula sentidos para melhorar bem-estar de idosos; conhe?a

A Faculdade de Medicina de Ribeir?o Preto (FMRP) da USP inaugurou um laboratório inédito no país para investigar como estímulos sensoriais podem influenciar o bem-estar de idosos.

O espa?o foi desenvolvido pelo curso de Terapia Ocupacional e tem como objetivo medir o impacto dessas experiências em aspectos como press?o arterial,órioinéditorecémlan?adopelaUSPestimulasentidosparamelhorarbemestardeidososconhe?jogo da cooa frequência cardíaca, humor e comportamento.

O ambiente foi inspirado na metodologia holandesa Snoezelen, que utiliza estímulos multissensoriais para fins terapêuticos.

A Faculdade de Medicina de Ribeir?o Preto (FMRP) da USP inaugurou um laboratório que aposta na estimula??o dos sentidos para melhorar a saúde e o bem-estar de idosos.

O Laboratório de Pesquisa e Inova??o em Estimula??o Multissensorial (Labem) foi criado para investigar de forma científica como estímulos do ambiente - como luzes coloridas, sons, aromas e texturas - podem influenciar corpo e mente.

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A proposta é inédita no país. Durante as sess?es, os idosos s?o expostos a diferentes experiências e, ao mesmo tempo, têm press?o arterial e a frequência cardíaca monitoradas.

O objetivo é identificar se ambientes multissensoriais podem ajudar a reduzir sintomas como ansiedade, agita??o e altera??es de humor.

O laboratório foi inspirado na metodologia holandesa Snoezelen, usada em diversos países como recurso terapêutico. Em Ribeir?o Preto, a USP adaptou a ideia ao contexto de pesquisa acadêmica, criando protocolos para avaliar com rigor científico as respostas dos participantes.

As sess?es duram cerca de 30 minutos e acontecem em dois tipos de sala:

Sala de relaxamento: projetada para promover a calma, com luzes suaves, músicas tranquilas e aromas discretos.Sala de ativa??o: estimula movimento e intera??o, com sons mais marcantes, luzes vibrantes e cheiros mais intensos.

De acordo com a professora Carla da Silva Santana Castro, coordenadora da pesquisa, entender como cada estímulo age no organismo pode abrir caminho para novos tratamentos n?o farmacológicos.

“Nosso objetivo é entender como o corpo reage a diferentes combina??es. O mesmo estímulo que relaxa uma pessoa pode ativar outra. Isso é fundamental para pensarmos em alternativas n?o farmacológicas no futuro”, explica.

1 de 3 USP de Ribeir?o Preto, SP, inaugura laboratório que estimula sentidos para melhorar bem-estar de idosos — Foto: Valdinei Malaguti | EPTV

Monitoramento e resultados iniciais

Enquanto os participantes interagem com os estímulos, alunos de Terapia Ocupacional acompanham cada detalhe. Relógios inteligentes registram frequência cardíaca em tempo real, enquanto a equipe mede a press?o antes e depois das atividades. Também s?o feitas observa??es sobre aten??o, comportamento e sinais de bem-estar.

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Segundo os pesquisadores, em alguns casos, idosos mais agitados saíram mais calmos, enquanto outros, mais introspectivos, passaram a interagir mais após as sess?es.

“é possível perceber mudan?as no humor e no comportamento que dificilmente aconteceriam em outro contexto”, relatou Maria Eduarda Harumi Eizo, estudante do 4o ano de Terapia Ocupacional que participa do projeto.

2 de 3 USP de Ribeir?o Preto, SP, inaugura laboratório que estimula sentidos para melhorar bem-estar de idosos — Foto: Valdinei Malaguti | EPTV

Experiência dos participantes

Os primeiros a testarem o laboratório foram idosos da regi?o, com e sem Alzheimer. Muitos relatam mudan?as após as atividades.

A aposentada Elizabeth Garofallo Isaías participou de três sess?es e disse ter percebido melhora na saúde física.

"A última vez que estive aqui, minha press?o diminuiu. Foi muito bom. Além disso, é uma experiência diferente, porque foge do cotidiano".

Já o marido dela, Arnaldo Isaías, destacou a sensa??o de tranquilidade.

“S?o situa??es que a gente nunca percebe no dia a dia. Trouxe uma calma diferente, que n?o saberia descrever”, contou.

3 de 3 USP de Ribeir?o Preto, SP, inaugura laboratório que estimula sentidos para melhorar bem-estar de idosos — Foto: Valdinei Malaguti | EPTV

Futuro da pesquisa

Por enquanto, o foco está nos idosos, mas a expectativa é ampliar os atendimentos para outros públicos, como pessoas com depress?o, ansiedade e transtorno do espectro autista.

“Sabemos que os estímulos podem beneficiar diferentes popula??es. Mas para isso precisamos avan?ar com rigor científico, para comprovar os efeitos e propor práticas baseadas em evidências”, afirma a professora Carla.

O laboratório também deve se tornar um espa?o de forma??o para alunos e, futuramente, de extens?o para a comunidade.

“Nosso papel é gerar conhecimento e formar profissionais. A ideia é que, mais adiante, esse trabalho contribua para novas práticas de cuidado em saúde”, completa.

*Sob supervis?o de Helio Carvalho

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